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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Força Nacional já atua em Marabá

Soldados desembarcaram em Marabá na tarde de ontem (08) (Foto: Edinaldo Sousa)
Pelo menos 30 homens que compõem a Força Nacional de Segurança desembarcaram no aeroporto de Marabá no final da tarde de ontem (8). Desta cidade, parte do grupo deve seguir para Nova Ipixuna e municípios vizinhos hoje (9). Outra parte já está em Santarém desde terça-feira. Alguns militares também ficarão em Altamira.
Também nesta quinta-feira, o ministro da Justiça, José Barros Martins Cardoso, chega a Marabá, assim como o restante da tropa, que está seguindo viagem por via terrestre.
No aeroporto de Marabá, ontem à tarde, o major Aragon, que comandava o grupo, disse que não estava autorizado a prestar maiores informações à Imprensa. Nem mesmo o contingente exato de policiais foi divulgado. Obviamente, a agenda de atividades dos militares também não foi divulgada. Faz parte da estratégia de ação da tropa de elite.
A chegada dos integrantes da Força Nacional de Segurança foi motivada depois do assassinato do casal de ambientalistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, em Nova Ipixuna, no último dia 24. Uma semana depois, outro colono foi assassinado também dentro da Reserva Agroextrativista Praialta Piranheira, no mesmo município.
O assassinato dos ambientalistas ganhou repercussão internacional porque as vítimas vinham sendo ameaçadas de morte por madeireiros que extraíam madeira ilegalmente havia quatro anos. Eles faziam parte de uma lista de pessoas marcadas para morrer no Pará.
ESTRANHO– Apesar de as ameaças de morte contra José Cláudio serem de conhecimento público, estranhamente, não existe Registro de Ocorrência Policia sobre tais ameaças.
Isso pode estar ligado aos comentários que circulam na região de que José Cláudio e o irmão dele, Francisco Ribeiro da Silva, o “Marabá”, teriam assassinado uma pessoa naquela região, dois anos atrás.
COMISSÃO– Deputados que integram a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal ficaram de chegar a Marabá na noite de ontem e manter audiência hoje com familiares de José Cláudio e Maria do Espírito Santo e com representantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
REPERCUSSÃO – O Jornal Estadão (SP) noticiou ontem que o delegado geral adjunto de Polícia Civil no Pará, Rilmar Firmino de Souza, requereu a prisão preventiva do fazendeiro José Rodrigues, como suposto mandante do assassinato. O fazendeiro teria se envolvido num entrevo com o casal recentemente.
Segundo a matéria, o crime teria sido encomendado por R$ 5 mil, mas o delegado Rilmar Firmino negou com veemência a informação, na noite de ontem, por telefone. O policial taxou como “irresponsável” a veiculação de tais informações, que, segundo ele, não são verdadeiras.
(DOL)

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