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sexta-feira, 3 de junho de 2011

'Laranja' denuncia esquema que envolvia até cartorária de Marabá

Em 8 de setembro do ano passado, o agricultor José Martins fez várias denúncias à Comissão Pastoral da Terra sobre uma quadrilha que se apropriava de vários lotes do Projeto de Assentamento Praialta Piranheira. As denúncias envolvem vários fazendeiros, pessoas usadas como 'laranjas' e a proprietária de um cartório de Marabá, Neuza Maria Santis Freire. De acordo com as cópias das denúncias, obtidas com exclusividade por O LIBERAL, a cartorária Neusa Santis fatiou 86 alqueires de terra dentro do Assentamento e dividiu os lotes entre três 'laranjas'.

O lote ocupado por José Martins era uma das áreas dividida pela cartorária de Marabá, com o intuito de expulsar os agricultores da região. À época, o agricultor José Martins disse à CPT que um homem conhecido como Durval de Jesus, o 'Zé do Bucho', 'laranja' da cartorária, o ameaçou de morte dentro de sua residência e deu um prazo de 24 horas para que ele deixasse o assentamento. No dia 24 de novembro de 2010, o sindicalista José Claudio Ribeiro da Silva enviou ofício ao Incra denunciando a farta distribuição de lotes do assentamento extrativista Praialta Piranheira para pessoas que não eram clientes da Reforma Agrária.

Na denúncia, ele afirmou que o comerciante de Nova Ipixuna, Gilvan de Siqueira Freitas, o 'Vani da Casa do Campo', usava vários 'laranjas' para se apropriar de lotes. 'A senhora Neusa Santis, cartorária em Marabá, tomou posse de uma área para assentar famílias. Ela fez o cadastro em nome de laranjas para manter o controle do imóvel', denunciou José Cláudio, ao informar que Neusa Santis fabricava documentos de 'desistência' e vendia os lotes para José Rodrigues, um dos 'laranjas' da cartorária. 
(Portal ORM)

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