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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Baixa umidade preocupa no sul do Pará

A baixa umidade do ar tem deixado os municípios do sul do Pará em alerta. Os índices relativos, nessa região, têm alcançado em média 22%. Pelos padrões estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o aceitável é de no mínimo 30% e por isso a preocupação já paira na população dessas cidades e nos órgãos responsáveis pela observação meteorológica no Estado.
O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) aponta o município de Conceição do Araguaia como o mais afetado. “A temperatura tem sido muito elevada no local. Há um mês não chove. A sensação térmica chega a 40º e consequentemente a umidade do ar diminui, chegando a medir apenas 22%”, explica o meteorologista David Santos. “Fora do verão, a umidade do ar chega a 60%”, completa.
Conforme o Sipam, esses baixos índices são muito tradicionais na região por causas do período de verão. Essa sensação de ressecamento e abafado é ocasionada pela circulação do vento que inibe a formação de nuvens na área, assim impedindo que a chuva caia no local. No verão amazônico, a quantidade de água da chuva no sul do Estado chega a apenas 10 milímetros. Comparando com outros períodos, que registram 200 milímetros, essa é a época do ano mais crítica.
DOENÇAS
E uma das consequências mais graves é o aumento no número de focos de calor e o surgimento de doenças respiratórias. De acordo com o meteorologista David Santos, se a situação climática continuar dessa forma, a partir do mês de agosto o número de focos de calor pode aumentar e se transformar em queimadas. “A vegetação seca aliada ao calor e às altas temperaturas, é bem provável que as queimadas aumentem”, avalia David.
A estimativa é que até o mês de novembro as temperaturas fiquem mais elevadas, tendo o seu ápice nas queimadas em setembro.
Mas não são apenas as queimadas e o excesso de calor que chamam atenção. Esses dois fatores juntos podem ocasionar doenças respiratórias. Segundo a pneumologista Raimunda Carvalho, os principais problemas que podem aparecer são os resfriados e as infecções respiratórias.
Ela explica que por causa da baixa umidade as vias aéreas ressecam gerando processos gripais. “Quem já tem tendência alérgica ou de rinite e sinusite é mais atingido”.
A pneumologista afirma que algumas atitudes podem reduzir esse incômodo com o ressecamento. A recomendação é que alguns cuidados sejam tomados, como utilizar uma bacia com água no ambiente fechado, toalhas molhadas ou até mesmo um aparelho umidificador para reduzir a sensação de secura. 

(Diário do Pará)

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