Após três anos de paralisação, inclusive com a devolução dos recursos repassados neste período pelo Ministério do Trabalho, o ProJovem Trabalhador será retomado no Pará, em uma iniciativa do governo do Estado. A Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda (Seter) já solicitou ao Ministério do Trabalho autorização para voltar a assumir a coordenação e a execução do programa.
Destinado a preparar jovens, na faixa etária de 18 a 29 anos, para o ingresso no mercado de trabalho ou para ocupações capazes de gerar renda, o ProJovem Trabalhador oferece qualificação profissional no período de seis meses, com 350 horas/aula, bolsa auxílio mensal de R$ 100,00 durante o aprendizado, e posterior acesso ao mercado.
“O objetivo é promover a inserção, reinserção e permanência do jovem no sistema educacional. O programa promove a criação de oportunidades de trabalho, emprego e renda para jovens em situação de maior vulnerabilidade social”, explica Mônica Coutinho, secretária adjunta da Seter.
O documento que devolve à Seter a coordenação do programa no Pará já foi enviado a Brasília. A Secretaria aguarda o posicionamento do Ministério do Trabalho para retomar as atividades, o que deve acontecer já no segundo semestre.
Mercado - Paralelamente, a Seter vem desenvolvendo um Plano de Trabalho para atender os jovens, por meio de um estudo de viabilidade do programa em alguns municípios levando em consideração a necessidade do mercado local.
Nesse trabalho, a Secretaria conta com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), por meio do Plano de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp).
Mônica Coutinho destacou que a parceria da Fiepa e dos demais órgãos é fundamental para o desenvolvimento de um trabalho direcionado à inclusão dos jovens no mercado de trabalho. “O grande diferencial no atual governo é que todo o trabalho de geração de emprego e renda está sendo realizado de forma cautelosa. Estamos estudando o cenário e o mercado. Todo o trabalho desenvolvido tem um viés socioeconômico”, ressalta Mônica.
Antecedência - Com base nessa parceria, quando o jovem procurar a Seter em busca de inserção no mercado de trabalho, já terá sido feito um trabalho com as empresas cadastradas e análise de mercado. “Agora desmanchamos os nós que existiam. O jovem não vai ser atendido aleatoriamente, e sim com o foco determinado. Será tudo alinhado com antecedência, para que quando sair a qualificação, ele tenha um atendimento digno e a perspectiva de ter sua carteira de trabalho assinado”, informa a secretária adjunta.
Os critérios para participar do ProJovem Trabalhador são: estar desempregado e a família ter uma renda mensal per capita de um salário mínimo; ter entre 18 e 29 anos e estar cursando ou concluído o ensino fundamental ou médio.
“O programa, além de inserir este jovem no sistema educacional e no mercado de trabalho, o afasta do grupo de risco para a criminalidade, e ainda oferece mão de obra de qualidade para o Estado”, avaliou Mônica Coutinho.
Nos Estados e Municípios onde existem programas similares ao ProJovem Trabalhador, o Ministério do Trabalho busca a integração das ações com esses programas. No Pará, já foi definida uma parceria com o Pró-Paz, para que os jovens cadastrados no programa local também possam ser atendidos pelo ProJovem.
Angélika Freitas - Secom
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