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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Vale inicia no Pará sua primeira operação de níquel no Brasil

Investimento estimado no Projeto Onça Puma é de US$ 2,84 bilhões.
Primeiro embarque de 1.078 toneladas ocorreu no último dia 11 de maio.

A Vale informou nesta segunda-feira (16) que iniciou neste mês no Pará sua primeira operação de níquel no Brasil. Segundo a companhia, o empreendimento, que abrange as cidades de Ourilândia do Norte, Tucumã e Parauapebas, tem capacidade de produção anual de 220 mil toneladas de ferro-níquel, que responderá por um volume de 53 mil toneladas de níquel – metal resistente à oxidação e à corrosão, utilizado para formar ligas como aço inoxidável.
O investimento total estimado no Projeto Onça Puma é de aproximadamente US$ 2,84 bilhões. Segundo a Vale, durante a fase de implantação do projeto foram gerados 8 mil postos de trabalho. Para a operação, foram criados 1.500 empregos.
A Vale é a segunda maior produtora mundial de níquel, com operações em Canadá, Indonésia e Nova Caledônia, e tem refinarias de níquel no Reino Unido, Japão, Taiwan e China.
O primeiro embarque de 1.078 toneladas de ferro-níquel com 385 toneladas de níquel contido ocorreu no último dia 11 de maio pelo Porto do Itaqui, em São Luís (MA). O produto foi transportado em 52 contêineres pela Estrada de Ferro Carajás (EFC). O destino final serão Ásia e Europa.
Cerca de 95% da produção de Onça Puma será destinada ao mercado externo, visando atender a países como China, Japão, Alemanha, Finlândia, Itália e Estados Unidos, entre outros.
O Projeto Onça Puma foi adquirido pela Vale em novembro de 2005. A planta de produção de níquel vai utilizar o minério oriundo de duas áreas nas Serras do Onça, que fica perto da planta industrial, e do Puma, a cerca de 16 quilômetros.
A Vale prevê que a movimentação no Porto do Itaqui (MA) vai aumentar em mais de 10 mil contêineres por ano, em decorrência do projeto e de um contrato firmado entre a Vale e a CMA CGM, terceiro maior armador do mundo.
A Vale também está adaptando parte de seus vagões na Estrada de Ferro Carajás (EFC) para atender à produção de Onça Puma. Como quase toda a produção de ferro-níquel será destinada à exportação, o transporte é feito em contêineres. Cerca de 50 vagões da EFC foram adaptados para carregar até três contêineres cada um. O níquel será transportado de trem de Parauapebas (PA) até o Porto do Itaqui (MA), onde será embarcado em navios porta-contêineres.
(G1)

 

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