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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Risco de abstenção alta preocupa TRE

Com a proximidade do plebiscito sobre a divisão do Pará para criação dos Estados do Tapajós e Carajás, marcado para o dia 11 de dezembro, o corregedor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PA), desembargador Leonardo Tavares, teme por uma grande abstenção no pleito. Para evitar que grande parte dos eleitores deixe de votar, o corregedor programa uma série de atividades de orientação aos técnicos e juízes eleitorais, além de participar de eventos pela capital e interior do Estado para debater o plebiscito. “É preciso esclarecer que o plebiscito é uma eleição comum, com as mesmas regras de um pleito eleitoral”, ressalta o desembargador.
Hoje ele participa em Tucuruí de um seminário de direito eleitoral, realizado em faculdade local em parceria com o TRE/PA com a finalidade de esclarecer as regras do plebiscito e do processo eleitoral em geral, destinado aos estudantes de Direito da instituição, líderes de entidades associativas e comunidade em geral. Vários juízes eleitorais serão palestrantes do evento.
FERIADO
A maior preocupação é que a data do plebiscito foi marcada para uma semana após o feriado do dia 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição. Geralmente, muitas pessoas costumam aproveitar os feriados prolongados para viajar e é justamente este aspecto que a Corregedoria Eleitoral quer evitar, através de esclarecimentos, informando que quem não votar terá que justificar e pagar multa e se submeter às mesmas regras de outras eleições. Na eleição 2010, o Pará obteve um dos maiores índices de abstenção do país. No primeiro turno, 21.18% deixaram de votar. No segundo turno foram 26.79%. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Vale oferece quase 2 mil vagas para Norte e Nordeste para o Programa de Formação Profissional

Estão abertas até o dia 3 de dezembro as inscrições para o Programa Formação Profissional (PFP) da Vale, que está oferecendo 1.936 vagas para jovens do Norte e do Nordeste. Os selecionados passarão por treinamento teórico a partir de março de 2012 e em seguida desenvolverão atividades técnicas e operacionais nas áreas de Ferrovia e Porto.
As inscrições podem ser feitas pelo site www.vale.com/oportunidades. Com o programa, a Vale pretende formar jovens para suprir a demanda por profissionais qualificados nas áreas de atuação da empresa e, ao mesmo tempo, fomentar o desenvolvimento local nas regiões por meio do acesso à educação, emprego e renda.
Para concorrer a uma das vagas, os interessados devem ter no mínimo 18 anos, ensino médio completo e/ou ensino técnico nas áreas de edificação, elétrica, eletroeletrônica, eletrotécnica, eletrônica, eletromecânica, estradas, mecânica, mineração e portuário, entre outras. A lista completa de cursos e os documentários necessários para inscrição estão no site www.vale.com/oportunidades.
Durante as etapas de seleção, os candidatos passarão por análise curricular, prova online, dinâmica de grupo, entrevista técnica, avaliação psicológica e exames médicos.
Fases de formação
A formação é dividida em duas fases e dura aproximadamente 15 meses. A fase teórica terá duração de quatro a seis meses e será realizada em instituições de ensino parceiras da Vale localizadas em Marabá e Parauapebas, no Pará; São Luís, Santa Inês e Açailândia, no Maranhão; Campina Grande, na Paraíba; e Natal, no Rio Grande do Norte.
A fase prática, com duração de seis a 12 meses, será realizada nas áreas operacionais da empresa no Terminal Portuário Ponta da Madeira, em São Luís (MA), e nos municípios ao longo da Estrada de Ferro Carajás no Maranhão e no Pará. Nesta etapa, os selecionados têm a oportunidade de exercitar as atividades aprendidas com a orientação de profissionais experientes.
Na primeira fase, os selecionados receberão bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 600 (para nível médio) e R$ 900 (para nível técnico), além de ajuda de custo para quem estudar em cidade diferente de onde mora. Na fase prática, além do salário, os participantes terão direito a vale-alimentação, vale-refeição ou refeição no local de trabalho e plano de saúde, entre outros benefícios.
Programa Formação Profissional
Criado em 2003, o programa já atendeu a mais de 8.200 pessoas em todo o Brasil. De 2008 a 2010 formaram-se 1.065 profissionais, dos quais 670 foram efetivados (63%). Até julho de 2011 já se formaram 571, dos quais 394 foram efetivados (69%).


(zedudu)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Justiça Federal afasta o prefeito de Vitória do Xingu

Em resposta a pedido do Ministério Público Federal (MPE), a juíza federal de Altamira, Lucyana Said Daibes Pereira, ordenou afastamento por 90 dias do prefeito de Vitória do Xingu, Liberalino Neto e de diversos secretários municipais. Ele é acusado pela Controladoria Geral da União e pelo MPF de chefiar uma quadrilha que desviou mais de R$ 17 milhões de dinheiro da União destinado aos cofres do município.
 
As acusações contra o prefeito de Vitória são tão graves que ele ficou preso preventivamente nos últimos 60 dias. Foi libertado anteontem pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que concedeu habeas-corpus em seu favor mas impediu seu retorno ao cargo de prefeito. A libertação provocou revolta no município, vizinho de Altamira e uma das sedes da usina hidrelétrica de Belo Monte. Moradores chegaram a bloquear a rodovia Transamazônica anteontem em protesto.
 
O bloqueio foi suspenso depois que o MPF informou aos moradores que já estava pronta ação judicial para ampliar as medidas do STJ e, além de afastar o prefeito, afastar secretários envolvidos nas fraudes. Ontem mesmo, em decisão rápida, como o caso requer, a Justiça Federal confirmou a medida.
 
Além de Liberalino, foram afastados Roseli Aparecida de Almeida Braga, primeira-dama e secretária de saúde, Aldir Nazário de Carvalho, secretário de obras, Helton Wagner Lisardo, secretário de finanças e Carlos Alberto Gama de Almeida, Benedito da Silva e Etieli Rodrigues Moraes, da Comissão de Licitações do Município.
 
Eles também tiveram a indisponibilidade de bens decretada, no valor total de R$ 17 milhões. A quadrilha agia fraudando licitações, criando empresas de fachada, algumas vezes explorando laranjas e outras vezes em nome de pessoas da própria quadrilha. Quem assume a prefeitura agora é o vice, Erivaldo Oliveira do Amaral.


Fonte: O Liberal

Juiz anula concurso público em Canaã dos Carajás:

O juiz de Direito da Comarca de Canaã dos Carajás, Lauro Pontes Junior, concedeu liminar ao MP (Ministério Público) anulando o concurso público para contratação de funcionários para preenchimento de vagas para os cargos de Agentes Comunitários de Saúde e Agente de Combate a Endemias no município de Canaã dos Carajás. O MP apontou evidências de fraude no concurso.
Na petição o MP informa que a anulação do concurso é a medida mais coerente em observação aos princípios da moralidade, legalidade e impessoalidade dos atos públicos administrativos.
O chefe do executivo, Anuar Alves da Silva, foi procurado pela justiça ontem pela manhã para ser notificado da decisão judicial. Ele está em viagem. Agora a justiça está a procura do seu sucessor imediato, no caso o vice prefeito, Dr. Itamar Francisco da Silva, que também não está na cidade.

(zedudu.com.br)

Recém-nascido morre sem médico em Marabá

Juliana Cruz perdeu o filho e agora espera explicações do hospital (Foto: Reprodução/RBA TV)
Embora seja recomendado que a mãe e o filho recém-nascido permaneçam por pelo menos 28 dias após o parto sob atenção médica no hospital em que é realizado o parto, não foi isso que aconteceu com o pequeno Pedro Eduardo e sua mãe Juliana Cruz no Hospital Materno Infantil (HMI) de Marabá. O bebê passou mal logo depois de nascer e morreu três dias depois. O caso aconteceu há uma semana e chegou à imprensa na segunda-feira.
Juliana contou que recebeu alta logo depois de ter o filho e foi para casa, na Folha 31 (Nova Marabá). Porém, a criança aparentava ter dores abdominais e não evacuava. Preocupada, Juliana voltou ao HMI em busca de atendimento. Foi aí que começou seu drama.
Ao chegar à portaria do hospital, no centro da cidade, recebeu informação de que deveria procurar um posto mais perto de sua casa para ter atendimento. Juliana conta que passou dois dias tentando atendimento nos postos de saúde, sem conseguir. Enquanto isso, o quadro da criança só piorava. Foi aí que ela voltou ao HMI, desesperada, em busca de uma solução urgente.
Segundo a jovem mãe, somente nessa segunda tentativa, quando os profissionais de saúde perceberam a gravidade do problema com o recém-nascido, foi que resolveram atender a criança, mas já era tarde. Juliana e o marido foram orientados a providenciar todos os documentos da criança para que o menino fosse levado imediatamente para Belém. Não houve tempo. O pequeno Pedro Eduardo morreu antes. Juliana Cruz procurou a imprensa para denunciar o que chama de descaso.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Novos estados trarão desenvolvimento

Dividir para multiplicar, assim o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) defende a ideia de divisão do estado do Pará para a criação dos estados de Carajás e do Tapajós. Coordenador-geral da Frente pela Criação do Estado do Carajás, o parlamentar argumenta que devido à extensão do Pará o Poder Público não consegue atender a todas as demandas da população e a divisão melhoraria a gestão do estado.
Segundo Queiroz, se o Pará fosse um país, por exemplo, seria considerado o 14º maior do mundo. “A gente quer dividir para multiplicar. Em vez de ter apenas um gestor para um estado do tamanho do Pará, teremos três gestores. Facilita a gestão”, disse o deputado à Agência Brasil. Usando como exemplo a divisão de Mato Grosso para criação de Mato Grosso do Sul e a divisão de Goiás para criar o Tocantins, Queiroz acredita que a divisão do Pará seria um avanço.
O combate ao desmatamento e a diminuição dos conflitos agrários, aponta o coordenador-geral, seriam mais eficazes se o Poder Público estivesse mais próximo das zonas de conflito. Para Queiroz, esses problemas ocorrem, principalmente, pela “falta do Estado”. “Não tem Estado para regularizar as terras, para disciplinar a ocupação. O Estado não se antecipa. Hoje na Amazônia, 90% dos desmatamentos estão ocorrendo em projetos de assentamento. Precisamos de planejamento do governo para evitar isso”.
Outras dificuldades enfrentadas pelos municípios mais afastados da capital do estado, nas regiões sul e oeste, onde se pretende criar Carajás e Tapajós, localizados a mais de mil quilômetros da capital do estado, são a baixa qualidade da educação e na saúde e a falta de segurança pública. Giovanni Queiroz argumenta que apesar da ascensão econômica dessas regiões, impulsionada pela exploração de minérios, a burocracia devido às distancias impede o desenvolvimento social. “Queremos uma faculdade que não existe, as políticas de saúde, educação tudo isso é muito precário em uma região que é pujante.”
Para o parlamentar, o estado de Goiás cresceu a partir da sua divisão e a criação do Tocantins. Áreas de extrema pobreza do antigo estado de Goiás, pontuou o deputado, hoje são regiões “prósperas” graças à divisão. “Teremos 1,6 milhão de habitantes, o Tocantins tem 1,3 milhão. O Tocantins tem 42 universidades e nós temos duas. O Tocantins tem cinco faculdades de medicina, não temos nenhuma. O Tocantins, que era o corredor na miséria, tem oito faculdades de engenharia. Nós temos apenas uma de engenharia e uma de enfermagem. O atraso educacional é tão grande que chega dar vergonha”.
“O Tocantins só conseguiu sair da miséria absoluta depois de criado o estado”, acrescentou Queiroz. Segundo ele, após a criação do Tocantins o Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás e do próprio Tocantins somados cresceu cerca de 250% a mais do que o PIB do Brasil. “Da mesma forma cresceram as riquezas em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul”.
“Então [a divisão] é um instrumento de crescimento econômico extraordinário”. Queiroz acrescentou que antes de se tornar estado, a área ocupada hoje pelo Tocantins possuía 120 quilômetros (km) de rodovias pavimentadas. Hoje, segundo ele, a mesma área tem mais de 6 mil km de rodovias estaduais pavimentadas. “O Pará, que é cinco vezes maior que o Tocantins, com a população cinco vezes superior e mais de 150 anos como estado, tem pouco mais de 4 mil quilômetros de rodovias pavimentadas”.
Para o defensor da divisão do Pará, o aumento das despesas públicas com a possível criação dos dois novos estados representarão “migalhas” em relação ao benefício que será proporcionado para a população. “Não vai aumentar R$ 1 de imposto para o cidadão e melhora a condição de vida para todo o mundo”. Na Câmara dos Deputados serão criadas 13 novas vagas, já que Carajás e Tapajós terão direito a oito cadeiras cada e o Pará, que atualmente tem 17, perderia três e ficaria com 14. Já no Senado seriam abertas seis novas vagas, isso porque todos os estados são representados por três parlamentares.
“Em termos de custo, isso não pesará em nada. A receita do estado é proporcional às receitas da União e vai ser mantida. Serão migalhas as despesas a mais que terão a mais na Câmara e no Senado.”
 

DETRAN TEM NOVO DIRETOR EM PARAUAPEBAS

Empossado no dia 21/10, por volta do meio dia, o novo diretor da Regional do DETRAN em Parauapebas, Valmir Oliveira Pereira diz que a autarquia tomará novos rumos e a partir de agora terá o funcionamento adequado às necessidades do povo. “Desde o início do atual governo, Jatene, vínhamos preparando a Regional e agora, com o apoio pleno do governo do Estado, teremos um DETRAN como o povo precisa e merece”, planeja Valmir.
A primeira ação do novo diretor foi reunir os servidores e discutir as novas metas a serem atingidas e,segundo ele, só ficarão nos postos aqueles que estiverem de fato dispostos a dar o melhor de si, e depois ocorreram as nomeações de assessores. “Aqueles que não estiverem dispostos a contribuir com a nova dinâmica será convidado a ceder o posto a outros”, explica Valmir, dizendo ter recebido a nomeação como um reconhecimento pelo trabalho que vem fazendo há longas datas em favor do desenvolvimento do Estado.
Sobre as deficiências das regionais do DETRAN em todo o interior do Estado ele admitiu ainda existir, mas diz que melhorias vêm sendo percebidas neste governo e, ainda segundo ele, só por isto aceitou o desafio de contribuir mais de perto com este novo momento.
A posse foi realizada na presença do presidente do diretório municipal do PSDB em Parauapebas, José Rinaldo Alves de Carvalho, que no ato representou o governador Simão Jatene; o comandante do 23º Batalhão da Polícia Militar do Pará, tenente coronel Roberto; agentes de trânsito; vários representantes de partidos, familiares do novo diretor da autarquia e populares.
José Rinaldo contou que vem, juntamente com Valmir Pereira, desde o início do ano levantando as deficiências da Regional do DETRAN em Parauapebas e certificou que o gargalo é a deficiência na comunicação, indispensável para o andamento dos processos. “Conversamos com os agentes e servidores e chegamos aos pontos críticos, e a partir de então começamos a lutar pela solução destes problemas. Os usuários já tiveram mais motivos para achincalhar esta autarquia, antes esquecida pelo governo do Estado, mas acredito na capacidade de Valmir em gerir em equipe e isto com certeza será seu grande diferencial”, detalhou Zé Rinaldo.
Vários presentes fizeram uso da palavra e desejaram sorte ao novo diretor.

(Reporter30)

Mutirão comunitário realiza 633 casamentos em Marabá

Ao invés da igreja ou do ambiente do Fórum, o Ginásio Olímpico de Marabá; no lugar de um único juiz, cinco magistrados e centenas de pessoas como testemunhas acompanharam o “sim” de 633 casais que participaram do Mutirão Comunitário de Casamentos, realizado na manhã do último sábado, 22.
Esta é a 11ª versão de um evento que teve como mentor o vereador Leodato da Conceição Marques, que buscou os parceiros para o evento. Este ano, o mutirão foi organizado pela Secretaria Municipal de Ação Comunitária, Trabalho e Cidadania, com apoio do Fórum de Marabá, Ministério Público Estadual e Cartório do 2º Ofício.
O mutirão iniciou há cerca de um mês, com a realização de 108 uniões civis em vilas da zona rural. No Ginásio Olímpico, foram 633 casais que compareceram, alguns bem jovens e outros com várias décadas de convivência.
Entre as autoridades presentes, o pastor Sales Batista, presidente da Assembleia de Deus em Marabá; os secretários municipais Lúcia Mendes (Ação Comunitária) e Melquiades Justiniano (Cultura); os vereadores Leodato Marques e Irismar Sampaio; além dos juízes Cláudia Regina Favacho Moura, Elaine Neves, Danielle Karen Araújo, Líbio Moura e Cristiano Magalhães.
No meio de mais de 1.500 pessoas, o casal Maria Oliveira e José Carlos Silva oficializavam uma união que começou há 29 anos, em Codó, no Maranhão. Hoje, com sete filhos e cinco netos, se dão ao luxo de viver “em paz. A gente não tem mais para onde correr, é um cuidando do outro”, disse José, que tomou a iniciativa pelo casamento.
A dois meses de ganhar o primeiro filho, Luíza Gomes Araújo, 25, casou-se com Antônio Dias, pai de seu primogênito. “Para casar direitinho tem tanta burocracia que a gente até desiste. Agora, com esse mutirão, a gente vê que tudo é resolvido com mais facilidade. Por isso, resolvemos colocar o nome e deu certo”, comemora ela, que teve de “pressionar” o companheiro para o casamento.
Além do rito realizado pelos juízes, apresentando aos noivos as perguntas elementares, como manda a lei, o pastor Sales Batista conduziu a bênção espiritual e evocou o casamento de Caná da Galileia, ressaltando que se Jesus se fez presente na celebração de um único casamento, quanto mais na realização de 633 matrimônios. 

(Correio Tocantins)

campanha deve esclarecer sobre plebiscito

Começa a ser veiculada nas emissoras de rádio e televisão nesta quinta-feira (27) a campanha de esclarecimento ao eleitor acerca do Plebiscito no Pará, previsto para o dia 11 de dezembro. O objetivo é informar os brasileiros sobre a realização da consulta popular entre os paraenses sobre o desmembramento ou não do Estado para a criação de duas novas unidades da Federação: Carajás e Tapajós.
Com dois focos, a campanha é dividida em nacional, que busca orientar o eleitor do Pará que está fora do domicílio eleitoral sobre a obrigatoriedade de votar ou de justificar a ausência, e regional, que detalha a importância da participação e os procedimentos de votação.
A campanha nacional é composta por um filme e um spot de rádio, de 30 segundos cada, que serão exibidos duas vezes por dia. Para a campanha estadual, foram produzidos dois filmes e dois spots, abordando dois aspectos: a importância de o eleitor paraense opinar sobre a divisão ou não do Estado; e os detalhes acerca dos procedimentos de votação, como a ordem das perguntas que aparecerão na tela da urna eletrônica no momento do voto.
As peças e os planos de mídia estão disponíveis no Portal do TSE para acesso e download pelas emissoras de rádio e TV. A veiculação é gratuita e obrigatória, de acordo com o artigo 93 da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997).
VOTAÇÃO
O Plebiscito no Pará está previsto para o dia 11 de dezembro deste ano e tem o intuito de consultar todos os eleitores paraenses acerca do desmembramento do Estado. No dia do Plebiscito, os votantes deverão comparecer às suas respectivas seções eleitorais das 8h às 17h, e quem não comparecer terá de justificar a ausência nos 60 dias seguintes ao da votação.
Os eleitores deverão responder às seguintes perguntas: “Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado de Tapajós?”; e “Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado de Carajás?”. Caso a resposta seja “SIM”, para ambas as perguntas o eleitor deverá digitar o número 77 e, em seguida, a tecla “CONFIRMA”. Se a resposta for “NÃO”, o eleitor deverá digitar o número 55 e confirmar o voto.
O resultado da votação será encaminhado pela Justiça Eleitoral ao Congresso Nacional, que terá a palavra final sobre a criação ou não dos Estados. A criação dos Estados de Carajás e do Tapajós depende da edição de lei complementar, conforme a Constituição Federal de 1988. 

(Band)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Atraso em empreendimentos esfria o comércio de Marabá

O fim do ano se aproxima e com ele a perspectiva de boas vendas no comércio. Afinal, Natal e Ano Novo para o setor é a melhor de todas as épocas. Entretanto, para o presidente do Sindicato do Comércio de Marabá (Sindicom), Paulo César Lopes, o crescimento desse segmento não deve passar de 3% a 5% este ano, “assim mesmo, na marra”. Ainda segundo ele, as contratações este ano não devem passar de 300 empregos temporários.
Segundo Paulinho, como também é conhecido o dirigente classista, o fraco desempenho do comércio local atualmente é reflexo do atual momento por que passa o município, que ainda não viu os “grandes empreendimentos prometidos”. “Hoje, o comércio está vivendo das folhas de pagamento da prefeitura, do Exército e da Sinobras”, exclama o presidente do Sindicom.
Indagado pelo Jornal sobre a Semana do Desconto, antes anunciada pelo Sindicom como forma de estimular o crescimento das vendas, Paulinho afirma que, devido à convenção coletiva com os comerciários, cujos trâmites absorveram muito tempo, não houve  como montar a campanha.
Decepção
Sobre a inadimplência no comércio local, Paulo Lopes afirma que está se encontra alta, com “nível assustador”.  “Todas aquelas empresas que vieram para cá, com a perspectiva de que os grandes empreendimentos chegariam à cidade, acabaram diminuindo seus investimentos”, explica Paulinho.
“A perspectiva era de que, a partir de agosto, a Alpa [Aços Laminados do Pará] começasse a ser construída e que outras empresas começariam a chegar a Marabá. Criou-se uma expectativa enorme: o comerciante se endividou, modernizando seus negócios, suas lojas; e o funcionário aproveitou para comprar um terreno, uma casa, mas todas as expectativas foram frustradas”, lamenta o presidente do Sindicom.
Para ele, o comércio não vai encolher, devido a essa expectativa frustrada, mas, certamente, quem migrou para Marabá com a perspectiva de fazer bons negócios, mas não viu o crescimento prometido, “não está muito satisfeito com o resultado”.
Pé atrás
Entretanto, mesmo assim Paulinho, ainda vê boas perspectivas, mas tem um pé atrás: “As notícias são as melhores possíveis, essas obras vão chegar. Agora, não podemos esperar muito tempo, como aconteceu com o Projeto Salobo. Aguardamos durante 22 anos, protestamos, fechamos ferrovia, mas Marabá não tirou um centavo de dividendo desse projeto”.
“A nossa expectativa em relação a esses grandes empreendimentos que estão sendo anunciados é grande. Esperava-se a geração de milhares de empregos, mas não se vê um deputado federal ou qualquer outro político questionando esses atrasos”, conclui Paulo Lopes.
Inadimplência
De acordo com o presidente da CDL (Câmara  de Dirigentes Lojistas) de Marabá, Pedro Lopes de Brito, a inadimplência no comércio realmente segue tendência de alta.
Para ele, isso é resultado da instabilidade econômica atual, com o aumento de desemprego e a falta de oferta de postos de trabalho. “Consideramos, porém, que os números estão dentro da normalidade, nada que seja alarmante”, afirma Pedro.
De acordo com os números da CDL, que também é responsável pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) nos municípios de Tucuruí, Breu Branco, Goianésia do Pará, Jacundá, Nova Ipixuna, Novo Repartimento, Itupiranga e Eldorado do Carajás, de janeiro a setembro do ano passado, 41.159 pessoas tiveram o nome incluído na lista negativa, mas 29.062 conseguiram quitar seus débitos e se reabilitar perante o comércio.
Já neste ano se 2011, no mesmo período, 62.331 pessoas foram negativadas e apenas 34.895 conseguiram recuperar o crédito, o que mostra um agravamento na situação econômica da região.
Campanha      
Indagado se a CDL tem em vista alguma campanha para a diminuição da inadimplência e consequente recuperação do crédito, Pedro Lopes de Brito disse que, por enquanto, ainda não há projeto em relação a esse tipo de ação.
“Pode ser que dentro dos próximos 30 dias nós elaboremos alguma coisa, mas o grande problema das campanhas de recuperação de crédito em Marabá é a falta de vontade de adesão das grandes lojas. Elas alegam que têm políticas próprias a nunca concordam com o que é proposto pela CDL”, queixa-se Pedro.
Segundo ele, uma campanha com esse objetivo, para que realmente tenha um resultado positivo, deve oferecer vantagens muito boas, como isenção de juros de certo período e reparcelamento com desconto, entre outras concessões. “As pequenas empresas concordam, mas não adianta termos uma iniciativa dessas sem que os maiores magazines nos acompanhem. A campanha acaba caindo no descrédito”, afirma Pedro Brito.
Indagado sobre quais as expectativas para as vendas de final de ano, Pedro disse que, como sempre, são as melhores, mas lembra que, em contrapartida, aqueles que estão negativados no SPC e as pessoas que estão desempregadas farão falta ao comércio, pois não têm, no momento, poder de compra.
Quanto ao volume de negócios neste final de ano, Pedro Lopes disse não acreditar em grande crescimento, mas espera que as vendas não sejam inferiores às do ano passado. 

(Correio Tocantins)

Cratera ameaça interditar a BR-155 que liga Marabá a Eldorado

A BR -155, antiga PA-150, que interliga vários municípios paraenses, continua em péssimas condições de trafegabilidade. Esta semana, a reportagem de O Liberal constatou que uma cratera localizada na rodovia, entre os municípios de Marabá e Eldorado do Carajás, e que foi mostrada em rede nacional em reportagem do JN no ar, da Rede Globo, quase que dobrou de tamanho, ameaçando cortar a pista ao meio a qualquer momento. No local, que só é possível passar um carro por vez, foi colocada apenas uma placa para avisar do perigo a quem transita pela estrada, principalmente à noite.
Desde que foi mostrada a reportagem no Jornal Nacional, em junho deste ano, nenhuma providência foi tomada para resolver o problema, sendo que a cada dia a cratera aumenta de tamanho, representando um sério risco para os motoristas. À época, a reportagem veio ao Pará por conta das denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes, sendo que a jornalista Claudia Bomtempo seguiu viagem pela BR-155, onde registrou flagrantes de abandono e ausência de sinalização. A equipe também checou a situação de outras duas rodovias federais que cortam vários municípios das regiões sul e sudeste do Pará. Recentemente, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgou um relatório apontando as estradas paraenses como as piores do Brasil.
Na semana passada, após intervenção direta do Ministério Público Federal, a Polícia Rodoviária Federal começou a fiscalizar o trânsito na rodovia, apontada como a quarta colocada entre as piores ligações rodoviárias do País. Antes, a rodovia BR-155 encontrava-se em processo de federalização, sendo que como a tramitação não estava concluída, a Polícia Rodoviária Federal afirmava que não poderia fiscalizar a estrada. Para tanto, o MPF ingressou na Justiça com uma ação civil pública contra a União e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) pelo abandono da rodovia BR-155.

Rapidinhas

PFC
Em sua estreia na primeira fase do Parazão 2012 o Parauapebas Futebol Clube venceu a equipe do Abaeté jogando no estádio Humberto Parente, em Abaetetuba, pelo placar de 2 a 1.  Marcaram para o PFC os jogadores Fininho e Jean Macapá. Tales descontou para o Abaete. O PFC volta a jogar na terça-feira (25), em Belém, contra o Sport Belém.
Escritório de governo
O presidente municipal do PSDB, José Rinaldo de Carvalho, publicou em seu twitter que na próxima semana deve ser implantado em Parauapebas um escritório do governo do estado com o objetivo de mapear todos órgãos estaduais no município. O PSDB municipal pretende organizar tais órgão e promover a independência de Parauapebas em relação a outros municípios, buscando e dando autonomia a esses órgãos para o atendimento na região.
Itinerância
Sobre a vinda do governo itinerante à Parauapebas, primeiramente marcada para 24 e 25 de outubro e já cancelada, Zé Rinaldo disse ser desejo do governador instalar o governo itinerante em Parauapebas junto com o programa “Presença Viva”. Nova data está prevista pra a segunda quinzena de novembro.
Energia
Na última semana a sessão da Câmara Municipal de Parauapebas foi adiada em virtude da falta de energia elétrica. Com um orçamento próximo a R$15 milhões anuais já era hora da direção daquela casa providenciar a aquisição de um sistema de geradores de energia elétrica que seria acionado sempre que faltar energia na cidade. É bom lembrar que se depender da CELPA esse equipamento vai trabalhar muito.
CarreataMesmo com a forte chuva, que insistiu em cair durante todo o dia, foi um sucesso a carreata organizada pela Frente Pró-Carajás em Canaã dos Carajás. Centenas de veículos com populares alegres e certos da vitória participaram do evento, que contou ainda com a presença de lideranças políticas regionais.
Ricardo Gomes
Segundo o filho do técnico do Vasco, que passou por uma AVC durante a partida Vasco e Flamengo pela última rodada da primeira fase do Brasileirão, Ricardo emagreceu dez quilos mas vem se recuperando muito bem. Ele já anda sozinho, está praticamente sem sequelas e pretende em breve fazer uma visita aos jogadores no estádio de São Januário.
Reciclado
Quem voltou com um novo visual depois de algumas semanas em São Paulo foi o ex-prefeito de Parauapebas e atual vereador pelo PSDB, Dr. Faisal Salmen. O tucano pretende dar um upgrade em sua carreira política e, para tanto, já contratou experiente agência paulista para a empreitada. As redes sociais (blog, Facebook e Twitter) deverão ser constantemente atualizadas com informações sobre o político.
Fogo amigo?
Em reportagem assinada por Vela Preta e Waldyr Silva veiculada no jornal Correio do Tocantins do último sábado, o Ten-Cel. Roberto Coracy Silva, comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar em Parauapebas, negou as acusações apócrifas de irregularidades feitas contra ele junto a corregedoria através de uma carta. Para o militar, as denúncias não passam de “fogo amigo” praticado por dois oficiais lotados no 23º BP insatisfeitos com algumas mudanças estabelecidas pelo comando.
As acusaçõesNa carta acima citada, assinada por “Praças do 23º DP”, eles apontam que os novos integrantes do Grupo Tático em Parauapebas não passaram por treinamento específico; que há irregularidades na distribuição de combustível às viaturas do quartel; que o comandante viaja aos finais de semana para Paragominas e só retorna na terça ou quarta-feira e que eles são oprimidos e ameaçados diariamente pelo oficial.
Ficha LimpaO STF deverá apreciar o caso do peemedebista Jader Barbalho na próxima quarta-feira (26). Jader foi considerado inelegível nas últimas eleições devido a aprovação do Ficha Limpa e teve seus votos considerados nulos durante a apuração. Mais tarde o STF (ministro Fux) decidiu que a regra só deveria valer para as próximas eleições. Se obtiver êxito no recurso, JB deverá assumir a vaga hoje ocupada pela senadora Marinor (Psol), quarta colocada nas eleições.

(zedudu)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Assaltantes causam pânico em estradas de Jacundá

A polícia está no encalço do bando de cinco pessoas, que assaltava motoristas em uma estrada local. Veja mais detalhes na matéria da RBA TV.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Caixa encerra greve e normaliza serviços

Avaliando o cenário nacional, onde apenas os bancários do Pará, Porto Alegre, Florianópolis e Chapecó mantinham o movimento de greve na Caixa Econômica Federal, os empregados e empregadas do banco voltaram a se reunir em assembleia nesta terça-feira (18), no Sindicato, e decidiram aprovar a proposta do banco e voltar ao trabalho nesta quarta-feira (19).

Porém, a assembleia de hoje também aprovou uma carta em repúdio à proposta negociada com a Fenaban e com a Caixa, por considerar que a indicação de aprovação das mesmas foi precipitada, tendo em vista que a força da greve nacional poderia trazer mais avanços para os empregados da Caixa.

Por outro lado, todos foram unanimes na avaliação de que, mais uma vez, os empregados e empregadas da Caixa Econômica foram vitoriosos pela adesão à greve e disposição de luta por seus direitos.

“Mais uma vez os bancários da Caixa do Pará fizeram uma greve histórica, com a paralisação da maioria esmagadora dos empregados, inclusive com a adesão de advogados e engenheiros. O índice ofertado pela Fenaban e bancado pela CAIXA, apesar de contemplar um pequeno aumento real, é inversamente proporcional ao tamanho da greve e é, principalmente, muito pouco para o lucro gerado pela categoria. Além disso, houve poucos avanços nos cincos eixos da campanha, definidos no CONECEF: isonomia, recomposição do poder de compras, saúde caixa, ticket para os aposentados e o fim da discriminação, efetivamente, aos empregados que optaram em permanecer no REG/REPLAN", comenta o diretor do Sindicato e empregado da Caixa, Antonio Segundo.

"Apesar de a proposta da Caixa não atender plenamente aos anseios da categoria, nesta campanha conseguimos quebrar grandes paradigmas que nos vinham sendo colocados, como a ameaça de desconto dos dias parados e as declarações do governo de que não haveria reajuste acima da inflação. Todos os companheiros da Caixa estão de parabéns pela luta", destaca o secretário geral do Sindicato e empregado da Caixa, Alan Rodrigues.

“Mesmo a proposta não tendo sido a ideal para o conjunto dos empregados e empregadas da Caixa Econômica, todos e todas estão de parabéns pela luta e pela forte greve deflagrada no Pará e em todo Brasil”, conclui a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

Dias parados – O Sindicato informou aos presentes na assembleia de hoje que os dias de parados durante a greve até ontem foram negociados com a Caixa e a Fenaban, sendo que a compensação destes ocorrerá logo após a assinatura do acordo, com prazo até 15 de dezembro.

Quanto à compensação do dia de hoje de greve na Caixa, este ainda será negociado pelo Comando de greve com o Banco. Assim que houver um posicionamento dessa negociação, esta será divulganda para a categoria pelos meios de comunicação do Sindicato.


(As informações são do Sindicato dos Bancários)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Polícia dá ultimato a sem-terra em Marabá

Sem-terra aguardam pelo último prazo para a desocupação (Foto: Edinaldo Sousa)

Policiais federais intimaram os sem-terra acampados na Praça do Mogno, em Marabá, a desocupar a área até domingo, dia 23. Ontem pela manhã, pelo menos 10 famílias remanescentes da fazenda Pioneira, reintegrada em agosto deste ano por ordem judicial, continuavam na área, de propriedade da siderúrgica Cosipar.

As famílias de sem-terra ocupavam o terreno há pelo menos cinco anos, vivendo de pequenas culturas de leguminosas, frutas e verduras. Com o despejo, os colonos montaram acampamento em frente à superintendência do Incra no município.

Muitas famílias afirmam não ter para onde ir. João Pereira de Sena, 40 anos, representante dos sem-terra, alega que há mais de dois meses recebem apenas promessas. “Dias antes de sairmos da área foi feita uma reunião conosco, onde o ouvidor agrário nacional (Gercino José da Silva Filho) estava presente e nos foi prometido que o Incra vistoriaria três fazendas para onde seríamos remanejados, mas tudo não passou de promessa”, afirma.

As fazendas mencionadas pelo sem-terra são a Cajueiro, em São Geraldo do Araguaia, Baixão, em Marabá, e Califórnia, localizada em Palestina do Pará. Segundo João Sena, até então não há informação sobre nenhum encaminhamento nesse sentido.

“Não sei para quem apelamos e não sabemos para onde vamos. Pensamos, se despejados, acampar no Incra, pois não temos direção alguma”.

FOME

Enquanto a situação não se resolve, os sem-terra permanecem na Praça do Mogno, área pertencente à Polícia Federal, onde futuramente deve ser construída a sede da instituição.

Sob os precários barracos de lona e palha de babaçu, as famílias receberam uma minguada cesta básica, composta por dois frascos de óleo, um pacote de dois quilos de açúcar, dez quilos de arroz, um quilo de leite em pó, um pacote de fubá de milho e dois quilos de farinha branca.

“O alimento que doaram pra gente mal deu pra dez dias. Por isso muitas famílias foram embora, tentam se arrumar de outras formas, pois aqui a situação é precária”, diz André Carvalho da Costa, o “Irmão”.

A falta de alimentos e também as precárias condições de higiene têm afetado as cerca de 50 crianças do grupo, que estão sem escola e com a saúde em risco. A trabalhadora rural Maria Aparecida Vansoski Silva, 44 anos, lembrou que a proximidade do inverno, as crianças estão suscetíveis a contrair doenças. “Precisamos de atendimento de saúde urgente”.

Quanto ao futuro dos sem -terra, ela diz que não tem qualquer perspectiva de para onde serão remanejados. “Estamos sem saber pra onde ir, pois até então não temos nenhuma informação”.

ASSENTAMENTOS

As famílias aguardam pela avaliação do Incra sobre três fazendas, nos municípios de Marabá, São Geraldo do Araguaia e Palestina do Pará.



(DOL)

Greve acaba nos bancos privados e agências do BB

Os funcionários do Banco do Brasil (BB) e dos bancos privados no Pará decidiram retornar ao trabalho a partir de hoje, depois de 21 dias de greve. Já os funcionários do Banco da Amazônia e da Caixa Econômica Federal decidiram manter a paralisação em todo o Estado.
A decisão foi tomada em assembleias realizadas por setores, no início da noite de ontem, na sede do Sindicato dos Bancários do Estado do Pará e Amapá, no bairro do Reduto. Em todo o país, só os funcionários da CEF no Pará, Florianópolis e Porto Alegre decidiram permanecer em greve.
Com a decisão, dos aproximadamente 7.500 bancários do Estado, 5.200 devem voltar ao trabalho hoje e 2.300 (1.500 do Banco da Amazônia e 800 da CEF) permanecerão em greve por tempo indeterminado.
Na avaliação da presidente do sindicato, Rosalina Amorim, a greve já pode ser considerada vitoriosa no Estado “especialmente pela mobilização da categoria, que demonstrou a unidade dos trabalhadores e o amadurecimento do movimento”. Ela disse que a negociação “poderia avançar um pouco mais, mas em função da conjuntura, do cenário nacional e da orientação do comando nacional de aprovação da proposta, o sindicato entendeu que a categoria no Pará deveria encerrar o movimento”.
A proposta inicial do sindicato era de aumento salarial de 12,8%, piso de R$ 2.297,51 e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários do bancário mais R$ 4.500 para bancários de todo o Estado (a mesma proposta nacional).  

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Emater e MDA estimula fruticultura no sudeste do Pará

Oitocentas famílias de quatro municípios do sudeste do Pará estão sendo consultadas sobre como melhor receber apoio dos respectivos escritórios locais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) para desenvolver as cadeias de fruticultura da região.

A iniciativa de diagnóstico e pesquisa é uma das metas de uma chamada pública do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) vencida pela Emater em dezembro passado, com orçamento em torno de R$ 800 mil. A próxima fase, um encontro de planejamento participativo entre as lideranças das comunidades a serem atendidas, está prevista para até o fim deste mês.

As 800 famílias de Dom Eliseu, Abel Figueiredo, Ulianópolis e Rondon do Pará são tradicionalmente pecuaristas. De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater Henrique Pimentel, gerente desse contrato de chamada pública, ainda existe muita resistência dos agricultores em diversificar a produção, ultrapassando o dia a dia do gado de corte e leiteiro e investindo também no plantio de frutíferas, “até porque toda propriedade familiar acaba já tendo o seu pomar, por uma questão cultural mesmo”, diz.

Segundo ele, alguns bons exemplos do trabalho da Emater com fruticultura nos municípios têm se consolidado, como o cultivo de goiaba orgânica de Dom Eliseu, com safra anual de cerca de mil toneladas. “Mas a proposta atual da parceria entre Emater e MDA é estimular a estruturação da cadeia de várias culturas, como o mamão. Além dos benefícios socioconômicos, porque a atividade se torna no mínimo um complemento de renda, há os ambientais, porque a tendência da Emater é a agroecologia”, explica.


(Aline Miranda – Ascom / Emater)

Dez dias para entregar milhões de correspondências

No retorno ao trabalho após 28 dias parados (Foto: Adauto Rodrigues)

Após 28 dias de paralisação, funcionários dos Correios retomaram ontem as atividades em todo o Brasil. Em Belém, bolsas cheias de encomendas, carteiros saindo para entregas ainda no turno da manhã e o grande fluxo nas agências demonstravam que era preciso agilidade para organizar o que foi prejudicado com a greve.
Segundo estimativa dos Correios, a paralisação custou cerca de R$ 20 milhões e resultou em 180 milhões de correspondências retidas em território nacional. No Pará, segundo a assessoria de comunicação dos Correios, cerca de 2,5 milhões de correspondências deixaram de ser entregues durante a greve.
Número que não assustou o carteiro Osvaldo Jesus. Com 31 anos de profissão, ele chegou ao trabalho tranquilo, sem temer os serviços adicionais que lhe aguardavam na unidade do bairro do Telégrafo. “Eu e outros companheiros não grevamos e nessas semanas ficamos adiantando alguns trabalhos internos. Tem muita entrega do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD), mas acho que em poucos dias volta ao normal. Pelo menos o Sedex não ficou atrasado”.
Segundo o diretor sindical Israel Rodrigues, a categoria cumprirá exatamente o exigido pela Justiça e logo extinguirá o excedente de correspondências. “Nossa meta é zerar o excesso em 10 dias, até porque trabalharemos direto, incluindo os domingos e folgando apenas um dia por semana”.
Sobre a decisão judicial, ele explica que não foi exatamente o que a categoria esperava. “Esperávamos mais bom-senso, principalmente em relação aos desconto dos dias parados que já foram feitos antes mesmo do movimento terminar”, denuncia. Apesar disso, o reajuste de aproximadamente 15% foi alcançado e significará, na prática, um aumento de quase R$100 no salário de um carteiro inicial, que a partir de hoje receberá quase R$900.
ALÍVIO
Para a empregada doméstica Celina Ribeiro, o retorno do funcionamento dos Correios é um alívio. “Tinhas duas encomendas importantes para mandar pra minha sobrinha em Rio Branco, mas como por Sedex era muito caro tive que esperar”, afirmou. Além do envio de produtos, o recebimento de compras também a alegrou. “Tinha comprado o presente do meu sobrinho pela internet só que não chegou a tempo pro Dia das Crianças. Tomara que venha até o final do mês”.
Na última terça-feira, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que os trabalhadores dos Correios voltassem ao trabalho. No julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC), os ministros também autorizaram a empresa a descontar no salário dos grevistas o equivalente a sete dias de greve e os demais 21 dias de paralisação devem ser compensados com trabalho extra nos fins de semana. No caso de descumprimento da determinação, a multa diária estabelecida foi R$ 50 mil, a ser aplicada ao sindicato profissional da categoria.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

PRF começa monitoramento da BR-155

São 344 quilômetros de abandono, acidentes e atividades ilegais. Essa é a realidade da BR-155, antiga PA-150, que liga os municípios de Marabá e Redenção. Considerada importante eixo de integração do Pará com o restante do território nacional, a via foi federalizada ainda em 2009, mas sem sua absorção pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), estava sem qualquer policiamento ostensivo, uma vez que nem Polícia Militar nem Polícia Rodoviária Federal (PRF) tinham autonomia para agir no local.
A situação deve mudar a partir de agora, com a publicação, ontem, da decisão do juiz João César de Matos, proferida em 28 de setembro. Segundo a liminar, que tem caráter de antecipação de mérito, a PRF passa a ser a responsável em garantir segurança e ordem ao longo do percurso. “A população nos procurou com várias demandas, relacionadas aos problemas existentes e nós decidimos então acionar o Ministério Público (MP) para receber o aval de atuação”, explicou o inspetor da PRF, Augusto Galindo.
Ontem mesmo já havia sido disponibilizado um efetivo na rodovia e os quatro postos que antes pertenciam à PM, localizados em Marabá, Redenção, Xinguara e Rio Maria, foram também assumidos pela instituição. Entre as atribuições da PRF, estão a fiscalização de trânsito e o combate a atividades ilegais em geral. Para isso, cerca de 90 homens foram remanejados para a região.
Da mesma forma como relatou ao MP, o inspetor frisou que as maiores dificuldades na BR-155 são as vítimas fatais em acidentes, as condições físico-estruturais, tráfico de drogas e crimes ambientais. “Atenderemos de forma satisfatória, mas pedimos a colaboração da população para que cumpram as leis e se comuniquem com a PRF quando detectarem irregularidades”.
Quanto à demora na federalização, o próprio juiz federal na sentença proferida diz que “não se mostra razoável que, passados mais de dois anos da publicação da lei que expressamente incluiu a mencionada rodovia no Sistema Rodoviário Federal, não tenham ainda os requeridos ultimado os procedimentos necessários à aludida absorção/incorporação”. A decisão também inclui o Dnit e tem prazo de 15 dias para cumprimento.  


(Diário do Pará)