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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Movimento Alpa Já ganha apoio de empresários


O “Movimento Alpa Já”, que fechou na manhã de hoje a Estrada de Ferro Carajás, à altura do bairro Nossa Senhora Aparecida, conhecido como Coca-Cola, está recebendo adesão e apoio de empresários e pecuaristas de Marabá. Eles estão enviando água mineral, alimentos e já providenciam barracas para armar às proximidades do trilho e manter os manifestantes no local.
Seis cabeças de boi foram doadas e estão sendo levadas para o local, onde será feito um grande churrasco no início da tarde. Arroz, farinha e outros alimentos também estão sendo providenciados. A manifestação é pacífica e os manifestantes utilizaram dormentes que estavam ao lado da ferrovia para interditá-la. Um grupo de representantes da Vale acompanha tudo de longe e grava os discursos que estão sendo feitos de um trio elétrico que está estacionado ao lado dos trilhos.
Advogados, sindicalistas, pedreiros, desempregados, entre outros fazem parte do movimento que, aos poucos, vai ganhando corpo e recebendo mais adesões.
Várias faixas foram levadas para o local e estão sendo seguradas pelos manifestantes em cima da ferrovia. Uma delas tem o seguinte texto: “Estamos mudando Marabá, a Alpa já”; “Chega de enrolar: queremos a Alpa já”; outra “Não vim para brincar, a Alpa vai ficar”; “Rapina-Vale – um centenário de opressão; “Muda Vale ou se muda”; “Vale – a vergonha de nossa região”; Vale – seus trilhos são o rastro da destruição”.
A manifestação contra a Vale em Marabá é um eco dos protestos que estão ocorrendo por todo o País nas últimas duas semanas. Três passeatas já aconteceram na cidade desde a última semana, mas apenas há três dias um grupo se reuniu secretamente e definiu por protestar contra a morosidade da Vale em implantar o projeto Alpa em Marabá.
Danilo Fronchetti, que usou o microfone para protestar contra a Vale, avaliou que a mineradora fez promessas que não está cumprindo e que as manifestações contra ela são a resposta da sociedade, que culminou com a interdição da ferrovia. “Temos de protestar, não podemos nos omitir”, conclamou.
Até agora, a Vale ainda não se posicionou sobre o fechamento da ferrovia através de sua Assessoria de Imprensa, o que só deve acontecer no início da tarde de hoje.

Por Paulo Costa – de Marabá


Transamazônica, em Anapu, continua interditada


A rodovia Transamazônica, no município de Anapu, está bloqueada por manifestantes desde a manhã desta terça-feira (25), impedindo o tráfego de veículos e formando um congestionamento superior a 10 quilômetros.
Os motoristas, passageiros e usuários que utilizam a rodovia pedem mais agilidade nas negociações entre governo e manifestantes. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) já esteve no local, mas a tentativa do órgão para a liberação da rodovia não teve sucesso.
O bloqueio ocorre na ponte que dá acesso a cidade, e que também é alvo da reivindicação: os manifestantes querem a sua duplicação. No local, várias tragédias com vitimas fatais já foram registradas, pois não ter a devida sinalização e iluminação, além do péssimo estado de conservação.

(DOL com informações do repórter Sandro Macedo)

Palestina do Pará: TRE-PA confirma cassação de Maria Ribeiro e convoca nova eleição


Na manhã desta terça-feira, 25, o pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) confirmou a decisão do juiz, Luciano Mendes Scaliza, da 57ª Zona Eleitoral, de cassar o mandato da prefeita reeleita de Palestina do Pará, Maria Ribeiro da Silva (PSDB) e de sua vice Maria Liduína Pantoja.
O TRE convocou nova eleição para prefeito no município. Favorável à Maria Ribeiro e Maria Pantoja foi apenas o cancelamento da multa de 10.000 (dez mil) UFIRS e 5.000 (cinco mil) UFIRS, respectivamente para cada uma.
As acusações eram de condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas eleitorais e captação ilícita de sufrágio.
Entenda o caso
Em 31 de janeiro a justiça eleitoral de São João do Araguaia afastou do cargo a prefeita de Palestina do Pará, Maria Ribeiro (PSDB), foto, por práticas de crime eleitoral durante a campanha de 2012. A prefeita tucana foi reeleita com 2.338 votos (50,47%) pela Coligação “A vez do Povo Continua”.
O juiz Luciano Mendes Scaliza, da 57ª Zona Eleitoral, julgou procedente a representação eleitoral formulada pela Coligação Majoritária “Palestina de volta ao Progresso” formada por PMDB, PT, PTB, PRP e PCdoB, contra a prefeita e reconheceu a prática de Condutas Vedadas aos agentes públicos em Campanhas eleitorais e captação ilícita de sufrágio, previstas, respectivamente, no par. 10º do art. 73, e do art. 41-A (duas vezes), todos da Lei 9.504/97, e, forte no caput do citado art. 41-A e no par. 5º do art. 73, também da lei das eleições.
O juiz cassou os diplomas de Maria Riberio da Silva e da candidata a vice, Maria Linduína Pantoja, impondo a Maria Ribeiro  multa de cinquenta mil UFIRs por cada uma das condutas subsumidas a captação ilícita de sufrágio, o que resulta no total de 100.000 (cem mil) UFIRS; e à COLIGAÇÃO MAJORITÁRIA “A VEZ DO POVO CONTINUA” (PDT, PPS, DEM, PSB, PSB, PSDB, PSD) e MARIA LIDUÍNA PANTOJA,  a multa de 5.000 (cinco mil) UFIRS.
Por fim, lastreado no art. 22, inc. XIV da LC 64/90, impôs a pena de inelegibilidade às candidatas MARIA RIBEIRO DA SILVA e MARIA LIDUÍNA PANTOJA, pelo prazo de 8 (oito) anos, subsequentes à eleição de 2012.
Em sua sentença, o juiz, afirma ainda que, “para fins de incidência do art. 224 do Código Eleitoral, certifique-se nos autos o percentual de votos válidos obtidos pelas candidatas cujos diplomas foram cassados. Após a diligência, se superado o percentual de nulidade superior a 50% dos votos válidos, oficie-se ao E. Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Pará, informando sobre a presente decisão e para que adote as providências que entender cabíveis”.
Maria Ribeiro da Silva e sua vice Maria Liduína Pantoja recorreram da decisão e hoje o TRE-PA julgou o caso, mantendo a decisão do magistrado local.
Assume o cargo o presidente da Câmara Municipal de Palestina do Pará, vereador Adeuvaldo Pereira de Souza (PSDB). O TRE-PA já determinou ao Cartório Eleitoral que marque novas eleições, já que a prefeita cassada obteve votação superior a 50% dos votos válidos.

(zedudu.com.br)

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Marabá protesta em passeata de 4 km pelas ruas cidade

Cerca de 1.500 pessoas participam de uma manifestação pacífica em Marabá na noite desta quinta-feira. O protesto com ligação direta ao que está acontecendo por todo o país, iniciou por volta de 17 horas, saindo do Ginásio Olímpico de Marabá “Renato Veloso”, passou pelo Hospital Municipal, Superintendência de Polícia Civil e de lá partiu em direção à Prefeitura Municipal, onde houve uma grande concentração e discursos.

A “Revolta do Centavo”, como foi denominada marcha, contou com dezenas de pessoas pintadas com as cores do Brasil, além de faixas e cartazes com frases de efeito. Boa parte deles pedindo o fim da corrupção, a PEC-37 que tenta tirar o poder de investigação do Ministério Público, contra a presidente Dilma Rousseff, ou ainda pedindo direitos básicos, como melhor saúde, educação e ainda “estradas no padrão da Fifa”.

O professor universitário Evandro Medeiros, um dos líderes do movimento, disse que a sociedade marabaense precisa se envolver neste movimento para poder cobrar direitos constitucionais aos líderes políticos e também para inibir a corrupção que envolve quem ocupa cargos públicos e empresários. “Vem pra rua, Marabá, cobra teus direitos”, bradava ele com um microfone.

O prefeito João Salame, que chegou a anunciar que participaria dos protestos, acabou não aparecendo porque uma corrente no Facebook pediu para que ele não fosse porque o ato não teria envolvimento de políticos.


Por Paulo Costa – de Marabá

Parceria da Prefeitura de Parauapebas e UFRA possibilita realização de vestibular para dois novos cursos universitários

Durante uma reunião realizada nesta terça-feira (18), entre o prefeito Valmir Mariano e uma comissão da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), o reitor da instituição, professor Sueo Numazawa, anunciou a realização de vestibular no final do ano para os cursos universitários de engenharia de produção e administração, possibilitada pela parceria entre a instituição e a prefeitura.
De acordo com esclarecimentos realizados durante a reunião, a UFRA pode ofertar qualquer curso superior e não apenas aqueles relacionados às ciências agrárias. Atualmente, a instituição tem turmas regulares na cidade nos cursos de engenharia agrônoma, zootecnia e engenharia de produção.
O prefeito reforçou o seu compromisso de implantar em Parauapebas um centro de conhecimento, com polos universitários e cursos que possibilitem oportunidade de crescimento para os jovens da cidade, e por isso, disse que conta com a parceria da UFRA.   
Dentre os assuntos discutidos foram encaminhados alguns pontos para que a estrutura da instituição mude do Centro Universitário de Parauapebas (CEUP) para o novo prédio. “Viemos hoje acertar os detalhes finais para nossa mudança, que queremos fazer em setembro”, afirmou Kaliandra Alves, diretora da UFRA em Parauapebas.
Com a presença do secretário de obras na reunião, Dário Veloso, e do diretor do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT), Rafael Cristo, o prefeito garantiu à comissão, que contava com a presença de alunos da UFRA, a implantação de uma linha de transporte ligando o centro da cidade ao novo prédio, serviços de urbanização e iluminação para o campus, assim como a construção de uma quadra de esportes na área.
“Nós estávamos com medo de não ter como nos deslocar, pois o campus fica distante do centro urbano, mas depois dessa reunião estamos certos do compromisso do prefeito em realizar essas e as outras demandas que encaminhamos”, revelou o aluno de engenharia agrônoma, Gilson Ribeiro. 
   
Fonte: ASCOM PMP

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Tempo seco aumenta focos de incêndio na rodovia PA-275 trecho Eldorado/Curionópolis

Diversos focos de queimadas irregulares foram identificados nesta quarta-feira, 12, às margens rodovia PA – 275, entre os municípios de Curionópolis e Eldorado dos Carajás, sudeste do Pará. A fumaça chegava até mesmo a prejudicar a visibilidade dos motoristas que trafegavam na área e o vento contribuía com a propagação das chamas.
Nesta época do ano, quando chove pouco na região, é comum os incêndios nas vegetações. A maioria dos casos acontece de forma acidenteal, outras vezes, os donos de propriedades rurais colocam fogo no mato para formar pastagem, o que é considerado crime ambiental.
O corpo de bombeiros orienta os motoristas que trafegam por estes locais, a não jogarem cigarros na estrada, pois o contato com o asfalto quente, aumenta a possibilidade de fogo no mato.

IBAMA libera linhão de Tucuruí


O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) assinou ontem a licença de operação de dois trechos do linhão de Tucuruí. A autorização libera o início efetivo de energização e funcionamento dalinha de  transmissão. Ao todo, a licença atinge 851 km de extensão. Um primeiro lote, de 506 km, atravessa seis municípios do Pará, a partir de Tucuruí. Outro lote, de 345 km, parte de Jurupari, cortando mais sete municípios paraenses. Com esses dois lotes, o linhão tem praticamente 100% de sua malha de alta tensão (500 kV) pronta para operar. Em março o Ibama já havia concedido licença de operação para o trecho de 558 quilômetros entre a cidade de Oriximiná (PA) e Engenheiro Lechuga (AM). Agora, falta apenas uma linha de baixa tensão (230kV) para ser emitida pelo órgão ambiental.
A linha de Transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus vai permitir a integração do Amazonas, Amapá e do oeste do Pará ao chamado Sistema Interligado Nacional (SIN), malha que conecta a transmissão de energia do país. Com aproximadamente 1.800 quilômetros de extensão total em tensões de 500 e 230 kV em circuito duplo, o linhão passa por trechos densos de florestas e cruza o rio Amazonas. A malha vai distribuir a energia gerada pela usina hidrelétrica de Tucuruí, instalada no rio Tocantins, no município de Tucuruí, a 300 km de Belém. A capacidade instalada da usina é de 8.370 megawatts, o que faz dela a segunda maior hidrelétrica do país, só atrás da binacional Itaipu.
Ao todo, o linhão de Tucuruí tem previsão de receber investimentos de R$ 3,5 bilhões. A malha entra em operação com atraso. Leiloado em 2008, o linhão que corta a região Norte do país enfrentou uma série de dificuldades de licenciamento, o que fez o seu cronograma de entrega ser alterado, inicialmente, de outubro de 2011 para dezembro de 2012.
O fato de cortar unidades de conservação ambiental na Amazônia exigiu que boa parte das torres de transmissão fosse transportada por helicópteros. Para cruzar o rio Amazonas, foram usadas torres de até 280 metros de altura, quando tamanho médio dessa estrutura gira entre 80 e 100 metros. 

(Valor Econômico)

ACIP se reúne com diretores da VALE e detalha construção do Ramal Ferroviário


Diretores da Vale reuniram-se na noite da quarta-feira, 12, com diretores da ACIP – Associação Comercial, Industrial e Serviços de Parauapebas – com o objetivo visível de tranquilizar empresários, possíveis fornecedores na obra, que, segundo a mineradora, deverão ter prioridade no fornecimento de produtos e serviços para a construção do Ramal Ferroviário da EFC (Estrada de Ferro Carajás).
Sidney Oliveira, líder de suprimentos da Vale, explicou que agora, para o inicio das obras de construção do Ramal Ferroviário, a mineradora está em fase da contratação da empresa, com expectativa de que no início do segundo semestre deste ano já comece a construção dos canteiros e estradas de acesso; e logo em seguida a construção do ramal que deverá se estender até o final de 2015. “Queremos que no inicio de 2016 os trens estejam rodando sobre estes trilhos”, planeja Sidney.
Sobre a atração de pessoas, grande parte sem qualificação profissional, Sidney explicou que para isto estão sendo ofertados cursos profissionalizantes e treinamentos para pessoas da comunidade, preparando-as nem só para as obras e serviços da Vale, mas para os empregos indiretos que consequentemente irão surgir em virtude da construção do ramal ferroviário.
“Depois que terminar a obra estas pessoas serão aproveitadas em outras frentes de trabalhos podendo ser, inclusive, em toda a área de influência da Vale”, tranquiliza Sidney, mensurando que 80% da mão de obra a ser usada na obra será local.
O presidente da ACIP, Oriovaldo Mateus, avaliou como um grande avanço esta obra e lembra que ajudou na implantação da Mina de Carajás em 1982, cuja previsão de produção, na época, era de apenas 15 milhões de toneladas/ano. “Hoje este mesmo projeto saltou para 140 milhões de toneladas/ano. Com ele nasce um novo projeto em Canaã dos Carajás com capacidade para produção de 90 milhões de toneladas, o que faz de nosso município, e outros da região, os maiores produtores de minério do mundo”, afirmou Oriovaldo, qualificando como necessária a extensão da ferrovia para escoar toda esta produção; o que, em sua opinião, trará mais emprego e renda para a população local.
Quanto o pós obra, quando deverão ser dispensados muitos trabalhadores, ele tranquiliza contando que a ACIP está buscando a criação de novas matrizes econômicas exatamente para épocas com estas, podendo assim absorver esta mão de obra.
Preocupações imediatas – No encontro realizado ontem, na sala de reuniões da sede da ACIP, após a exibição de slides com os detalhes da obra foi a vez dos empresários fazerem perguntas aos diretores da mineradora, defendendo cada um seus respectivos segmentos.
Charles Cruz, diretor da Minas Pará Metalurgia, diz entender que as conversas com a Vale têm criado boas expectativas para seu segmento e diz acreditar que, com boa articulação, possa participar da construção do ramal com chances de, além de contribuir, absorver parte dos lucros.
“Creio que este projeto seja mais uma oportunidade que teremos de negócio e espero que sejamos de fato contemplados”, planeja Charles.
Empresário no ramo de britagem e concretos, Imberto de Araújo Costa é outro que espera participar como fornecedor na execução da obra. “Existem alguns ajustes a serem feitos, mas as conversas estão acontecendo e em todas elas os fornecedores locais do meu segmento têm tido atendidas suas reivindicações”, assegura Imberto, acrescentando que agora é só encontrar um ponto de equilíbrio para este fornecimento acontecer.
Sobre o Ramal Ferroviário da EFC
Uma obra prevista para 33 meses de execução, cujo início só aguardava a liberação da LI – Licença de Implantação – já emitida pelo IBAMA.
Para o inicio das obras de construção do Ramal Ferroviário, a mineradora está em fase da contratação da empresa, com expectativa de que no inicio do segundo semestre deste ano já comece a construção dos canteiros e estradas de acesso; e logo em seguida a construção do ramal que deverá se estender até o final de 2015.
O Ramal Ferroviário passou por análises do poder público e da sociedade civil organizada que participaram de audiências públicas e discussões sobre o assunto buscando um consenso.
O ramal terá 85,4 km de extensão e integrará, através de um sistema multimodal, rodoferroviário, o escoamento dos diferentes produtos da região, integrando ao corredor de exportação Norte, através de interligação com a Estrada de Ferro Carajás (EFC), o Porto de São Luís e os diversos empreendimentos da mineradora na região.
A ferrovia cortará uma faixa do perímetro urbano à altura do Centro de Formação Paroquial, na rodovia PA-160, sentido Canaã dos Carajás; a rodovia PA-275, próximo ao loteamento Nova Carajás, saída para Curionópolis; passará aos fundos do Bairro Minha Casa Minha Vida, nas proximidades do Projeto Pipa; e irá até a EFC, no bairro Palmares Sul.
As exigências feitas pela prefeitura de Parauapebas, um investimento total de R$ 250 milhões ao longo de cinco anos, implica em investimentos sociais, meio ambiente, saúde, educação, moradia e uma nova matriz econômica que possa preparar a região para o pós mineração. Número que significa 0,2% do lucro que a Vale obteve só no primeiro trimestre de 2011, que, conforme anunciado por ela mesma, foi de R$ 11,29 bilhões.
O número de trabalhadores envolvidos na construção do Ramal Ferroviário chegará a 5 mil, segundo informações da própria mineradora, que planeja ainda contratar pelo menos 80% deste nos municípios por onde passarão os trilhos; destes apenas 600 continuarão trabalhando na manutenção da ferrovia, as demais pessoas, se não forem criadas antecipadamente alternativas, ficarão à mercê de oportunidades que poderão não existir.
Os números do IBGE dão conta que cada vaga aberta atrai pelo menos outras cinco pessoas. Com base neste cálculo a construção do ramal ferroviário atrairá perto de 25 mil pessoas para Parauapebas e municípios vizinhos, número que nem o próprio projeto deverá absorver.
Exigências – A comissão de trabalho composta por representantes de várias secretarias municipais apresentou à Vale, em reunião realizada no Rio de Janeiro, várias propostas das quais algumas merecem destaque:
  • transformação do novo Hospital Municipal de Parauapebas em hospital regional universitário, com área para estágio e residência para futuros formandos da faculdade de medicina a ser criada.
  • Construção do aterro sanitário, com usina de reciclagem e aproveitamento de lixo, cuja área a prefeitura já teria comprado longe do centro urbano.
  • Outras parcerias, como melhoria na infraestrutura urbana e apoio a políticas culturais voltadas para a juventude, também foram apresentadas à Vale.
  • Implantação de um polo universitário tecnológico, em parceria com a Universidade Federal do Pará, disponibilizando pelo menos 14 cursos regulares, o que seria ganho para a população e ainda para a Vale, que lucraria com a mão de obra qualificada na própria região.
Duas obras foram confirmadas pela direção da Vale na reunião com os empresários e deverão ser iniciadas imediatamente. Trata-se da duplicação da Estrada Faruk Salmen, no trecho compreendido entre a Delegacia de polícia Civil e a Vila Palmares Sul, e a construção do polo universitário, cujas obras custarão a cifra de R$ 43 milhões.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ACIP

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A REALIDADE DA TRANSAMAZÔNICA NO PARÁ


O fántastico mostrou ontem(09/06) uma grande reportagem sobre as estradas do Brasil,e a grande maioria da reportagem foi sobre as maravilhosas estradas do Pará...


VEJA A REPORTAGEM DO FANTÁSTICO COMPLETA:

As estradas do Brasil estão esburacadas, lentas e perigosas. Elas atrasam a nossa economia e tiram vidas. A repórter Sônia Bridi percorreu as principais rodovias do país, de Norte a Sul. É a série ‘Brasil: Quem paga é você’.
Não é fácil construir na Amazônia. Abrir caminho na selva, com pouco tempo sem chuva para trabalhar o chão. Mas demorar 40 anos e ainda ter a estrada incompleta.
O Fantástico foi ao Norte do Brasil. A BR-163 é uma espinha dorsal, passando pelo centro do país, do Pará até o Rio Grande do Sul.
De Santarém até a divisa com o Mato Grosso, são 980 quilômetros. Mas, 460 quilômetros ainda estão em estrada de chão.
José Roberto Pereira, caminhoneiro: É muito, muito chão.
Fantástico: Que velocidade o senhor pega aí no chão?
José Roberto Pereira: A velocidade é 5 por hora, 10 por hora.
Leva tempo até o caminhão sumir de vista.
“Tem muito transtorno a viagem. Falar que é uma viagem maravilhosa não é. É uma viagem bem dificultosa”, diz José Roberto Pereira.
Difícil se você carrega 20 toneladas de soja.
“Na época que não chove, na seca, é muita poeira. E na chuva é muita água, muito barro”, conta Gregory Ferreira, caminhoneiro.
São 12 trechos de obra. Um está sendo tocado pelo Exército. Como o resto do percurso, intercala asfalto e terra. Falta pavimentar 40 quilômetros. Mas vai demorar.
“Esse ano, aproximadamente 20 quilômetros de asfalto. E no próximo ano, 20 quilômetros. Entregando essa estrada para essa população por volta do mês de dezembro de 2014”, afirma o coronel Sérgio Henrique Codelo, comandante do 8º BEC.
Na maior parte do ano, a chuva dá umas poucas tréguas. E quando volta, é de enxurrada.
Basta meia hora de chuva pra estrada ficar alagada. E essa água toda, além de provocar erosão e encher a estrada de buraco, faz do trabalho de construção na Amazônia um grande desafio.
Há pontes prontas, mas sem o aterro nas cabeceiras. Na última estação de seca os militares entregaram as mais urgentes, como a Ponte da Enxurrada.
Em um trecho de 112 quilômetros entre Itaituba e Rurópolis, no Pará, a BR-163 se funde com a Transamazônica. Essa estrada que foi aberta no começo dos anos 70 do século passado pelos militares e que, só agora, 40 anos depois, tem sinais de que o asfalto finalmente vai chegar.
O atraso vem de longe. Só em 2009, as obras foram reiniciadas. Mas a empreiteira responsável por este trecho faliu. Deixou as pontes novinhas. E o povo usando as de madeira. O Dnit refez a licitação e o asfaltamento começa este ano.
Em outros três trechos da BR-163, o Tribunal de Contas da União encontrou indícios de sobrepreço, superfaturamento e pagamento por serviços não executados.
O TCU aceitou a defesa de uma das empreiteiras. Para as outras duas, aponta potencial dano aos cofres públicos de R$ 31,4 milhões.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Estudantes e professores comemoram criação da UNIFESSPA


Mais de 12 mil estudantes devem ser atendidos com a Universidade do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), que teve a criação autorizada pela presidente Dilma Roussef na última quarta-feira (5).

O campus da Universidade Federal do Pará (UFPA) em Marabá, no sudeste do Estado, funciona há mais de 15 anos. Cerca de 3 mil alunos cursam 16 graduações oferecidas pela instituição de ensino superior. Com a implantação da nova universidade, o número de alunos pode chegar a 15 mil, distribuídos em 56 cursos de todas as áreas do conhecimento.
“Hoje continua tudo como está. Os cursos continuam, as aulas continuam, segue tudo normal. À medida que os recursos forem saindo, a gente vai contratando mais pessoas e fazendo os investimentos para o crescimento”, comenta o professor Fernando Michelotti.
A lei que cria a universidade foi sancionada pela presidente depois de ser aprovada na Câmara e no Senado. No período de quatro anos serão contratados 506 novos professores e quase mil servidores para a área administrativa. Além disso, o espaço físico da instituição será ampliado em Marabá, onde será a sede da UNIFESSPA, e em Rondon do Pará, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu e Xinguara, cidades das regiões sul e sudeste do estado que terão campi da universidade.
O professor de matemática, Rigler Aragão, acredita que a nova universidade vai trazer mais oportunidade para os estudantes da região. “As áreas na saúde, na biologia, na engenharia, vão ser áreas que vão criar muitas possibilidades, oportunidades na nossa região”.
Os universitários que enfrentam problemas como falta de professores e infraestrutura esperam melhorias no ensino superior. “Trazer mais livros, material didático para que a gente possa explorar e fazer os nossos trabalhos”, disse a estudante Joelma Magalhães. “Que a gente tenha mais professores, melhores condições para estudar, inclusive na infraestrutura do prédio”, afirmou a aluna Mara dos Santos.


(Agência Araguaia CAPC)

Vale transporta primeiro módulo do Projeto Ferro Carajás S11D


A vale concluiu o transporte do primeiro dos 109 módulos que irão compor a Usina de Beneficiamento do Projeto Ferro Carajás S11D – um gigante com altura equivalente a um prédio de seis andares. A fase de teste foi realizada entre os dias 1 e 4 de junho e foi considerada bem sucedida. “Montamos uma grande operação, envolvendo diversas áreas da Vale e do Projeto S11D, além de órgãos municipais e a comunidade. A preocupação com a segurança das pessoas envolvidas na operação e dos moradores das vilas foi primordial”, conta o Líder de Logística de Obra do S11D, João Kapiska.
O percurso de aproximadamente 42 quilômetros da Rodovia Municipal de Canaã dos Carajás, que liga o Canteiro Sudeste do Pará, onde as estruturas foram pré-montadas, ao local destinado à implantação da usina, foi transposto de forma inédita no país. Plataformas com rodas, posicionadas abaixo dos módulos, cuja capacidade de carga por eixo é superior a um caminhão convencional, fizeram a elevação dos blocos de forma hidráulica. Acopladas umas às outras, transportaram as peças até o local da futura usina.
“Estes equipamentos viabilizam toda a estratégia de modularização do S11D, permitindo o transporte de cargas extremamente pesadas, uma vez que possibilitam o acoplamento de quantos eixos forem necessários”, explica Kapiska. O ajuste hidráulico dos equipamentos também garante um transporte com maior estabilidade. Além disso, há um ganho em poder de manobra, que chega a 360 graus, por meio de um sistema de controle computadorizado.
A estratégia de modularização foi adotada para implantação do Projeto S11D por apresentar diversas vantagens, como maior segurança com a redução de trabalho em altura e o aumento na velocidade de construção da usina.
Segurança durante a operação
Como o tráfego na Rodovia Municipal de Canaã dos Carajás foi alterado em alguns períodos, foram disponibilizados alguns desvios de trânsito por estradas vicinais. “É importante ressaltar o comportamento dos moradores das vilas que ficam próximas da estrada, que respeitaram o limite de aproximação permitida pela equipe de segurança e colaboraram durante todo o período de interdição da estrada”, informa Kapiska.
Sobre o Projeto Ferro Carajás S11D
O S11D é o maior projeto da história da Vale e também o maior da indústria de minério de ferro, constituindo-se na principal alavanca de crescimento da capacidade de produção e da manutenção da liderança da empresa no mercado global em termos de volume, custo e qualidade. Localizado na Serra Sul de Carajás, em Canaã dos Carajás (PA) prevê a implantação de mina e usina de processamento e terá capacidade nominal de 90 milhões de toneladas métricas anuais (Mtpa) de minério de ferro, com teor médio de ferro de 66,48% e baixa concentração de impurezas. 

(Zedudu)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Construção da hidrelétrica de Marabá começa em 2015


Recebido pela diretoria da Eletronorte na terça-feira (4), em Brasília (DF), o prefeito de Marabá, João Salame foi informado de que as obras do projeto de aproveitamento hidrelétrico de Marabá começam em 2015.
Ademar Palocci, diretor de Planejamento e Engenharia da estatal, garantiu que o start da construção será dado, a partir de 2015, seguindo organograma que prevê, inclusive, aporte de recursos para um projeto de desenvolvimento para o município – conforme reivindicação levada pelo próprio João Salame.
Aliás, o prefeito conseguiu aprovação, por parte da Eletronorte, para a formação de comissão especial, representando Marabá, destinada a acompanhar todos os movimentos do projeto de construção da barragem.
Notícia importante é que Palocci confirmou que o projeto terá duas eclusas, que deverão ser construídas desde que haja recursos aprovados para tal.
“A partir da formação da comissão, passaremos a lutar, politicamente, para que sejam incluídos nos orçamentos anuais, dinheiro para a construção das eclusas, paralela à edificação da barragem”, afirma João Salame.
A hidrelétrica de Marabá está planejada para ser construída distante 4 km a montante da Ponte Rodoferroviária do Tocantins. O custo de sua construção está estimado em R$ 12 bilhões, com um prazo de construção médio de oito anos.
Esta hidrelétrica terá capacidade de produção de 2.160 MW, tornando-se um aporte considerável para o Sistema Interligado Nacional. Localmente fornecerá energia para empreendimentos siderúrgicos ampliação das minas de ferro e cobre e projetos do parque de Ciência e Tecnologia de Marabá.
A hidrelétrica formará um lago 3.055 km – bem maior do que o lago formado pela hidrelétrica de Tucuruí. Serão inundados 1.115km² de terras (mais de 110 mil hectares de terras férteis).
O empreendimento atingirá 12 municípios em três estados: Pará (Marabá, São João do Araguaia, Bom Jesus do Tocantins, Brejo Grande do Araguaia, Nova Ipixuna, Palestina do Pará); Tocantins (Ananás, Esperantina e Araguatins) e Maranhão (São Pedro da Água Branca e Santa Helena).



Fonte: Marabá Notícias

PARAUAPEBAS: Agências bancárias são multadas pelo PROCON


A Coordenadoria Geral do PROCON notificou as agências bancárias de Parauapebas que não seguiram legislação consumerista e apresenta agora o relatório das decisões administrativas das autuações da fiscalização das agências bancárias do município.
Depois de percorrer todas as agências bancárias de Parauapebas em fevereiro deste ano, o PROCON percebeu o descumprimento da lei Municipal 4.449/2011, que estabelece o prazo máximo de 20 minutos para permanência dos clientes em filas de agências bancárias.
As agências ainda apresentaram irregularidades como ausência de entrega de senhas e falta de plaqueta com o número do Procon. As mesmas terão dez dias, a contar da data de recebimento da notificação, para recorrer da decisão do Procon.
Caso a decisão permaneça, além da multa, as agências ainda deverão corrigir as irregularidades apresentadas no relatório.


Estado reúne empresários para explicar sobre Parque de Ciência e Tecnologia hoje em Marabá


Às 17 horas desta quarta-feira, 5, no Plenarinho da Câmara Municipal de Marabá, A Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect) apresenta o novo projeto do Parque de Ciência e Tecnologia que será implantado em Marabá, além do projeto do Prêmio Finep de Inovação.
O objetivo é fomentar novos processos e produtos para a economia de Marabá. O Parque de Ciência e Tecnologia do Tocantins será construído em parceria com Universidade Federal do Pará (UFPA) e diversas instituições. Alex Fiúza, titular da pasta, estará em Marabá no dia 26 deste mês para o lançamento do projeto. O PCT Tocantins receberá recursos da ordem de R$ 58 milhões, com previsão de iniciar as obras ainda neste ano.
O governo tem como propósito fazer com que empresas inovadoras tenham espaço para se desenvolver com baixos custos, envolvendo professores e pesquisadores da UFPA e de outras universidades. “O objetivo é desenvolver nesse parque novos produtos, desenvolver novas processos, fazendo com que não produzamos apenas aço, o que já é um grande passo, mas que possamos também ter tecnologia, vinculada à economia mineral e também à economia florestal, que vêm se desenvolvendo nesta região do Estado”, observa Fiúza, completando que a iniciativa pressupõe a oportunidade de informações circularem com maior rapidez.

Gilberto Leite, presidente da Acim, diz que o projeto faz parte de um planejamento estratégico para envolver a indústria em conjunto com a tecnologia e a informação. “São demandas que andam juntas para se ter grandes empreendimentos, para que a região desenvolva de forma mais rápida. Esse é um projeto desenvolvido pela Sedect e tem como objetivo melhorar esses quesitos, a informação e a tecnologia, em nossa região”, explica o executivo.

Por Paulo Costa – de Marabá