O pedreiro Thiago Silva foi uma das pessoas que se inscreveram no concurso. Ele sonhava em conquistar uma das 853 vagas ofertadas para mudar de profissão e melhorar de vida. “Não aconteceu, faltavam poucos dias para a prova cancelaram, não deram satisfação”.
Os inscritos esperavam fazer a prova no dia 22 de dezembro de 2013, mas o certame foi adiado três vezes. “Como existe uma Ação Civil Pública, ela vai demorar a ser julgada, isso inviabiliza o concurso, então o meio que nós encontramos foi cancelar o concurso”, disse o secretário de administração, Arnaldo Linfonso.
De acordo com a denúncia da OAB, o instituto Ágata, com sede em Belém, recebeu dinheiro para realizar a prova. “Analisamos bem antes que isso poderia dar problema porque seria depositado muito dinheiro na conta de uma empresa particular”, afirmou o presidente da OAB de Redenção, Carlos Eduardo.
As inscrições para o concurso foram abertas em 2013. De acordo com a prefeitura, R$ 570 mil foram arrecadados. A Câmara de Vereadores determinou a abertura de uma CPI para investigar o caso. “Pedimos ao jurídico da casa que enviasse uma documentação exigindo todo o processo licitatório da época, no mais tardar em 10 dias estaremos ouvindo aqui algumas pessoas para chegar num denominador comum e até pra rastrear esse dinheiro e saber onde ele está”, afirmou o vereador Leonardo Costa.
A prefeitura explicou que o dinheiro foi usado para pagar os custos do concurso e que os inscritos serão ressarcidos se não quiserem participar de um novo concurso, previsto para dezembro. Enquanto isso, as 13 mil pessoas aguardam o ressarcimento.
“Eu queria ser servidor público para buscar uma condição de vida melhor para minha família, gastei dinheiro com apostilas, gastei R$ 150 de inscrição. Investimos muito. O fato do concurso não ter vindo deixou uma frustação muito grande”, afirmou uma candidata que preferiu não se identificar.
(folhadobico.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário