O final do ano está chegando e com ele chega também o tão esperado 13º salário. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) divulgou uma pesquisa que mostra o impacto econômico que ele vai gerar no Pará e em mais 16 estados brasileiros.
A estimativa é que cerca de R$ 2,1 bilhões deverão ser injetados na economia paraense neste final de ano, nas duas parcelas do 13º salário. Sendo que a primeira parcela deve ser paga até o dia 30 de novembro.
Cerca de 1.726.122 pessoas no Estado devem ser beneficiadas, sendo 701.284 beneficiários da Previdência Social, como aposentados ou pensionistas, o que correspondente a 40,6%, e outras 984.516 pessoas correspondentes a 57% referentes ao setor formal da economia, contribuintes da previdência. Já os empregados domésticos com carteira assinada alcançam um total de 40.322, correspondendo a 2,30% do total geral.
Até o final de 2011, devem ser injetados na economia brasileira cerca de R$ 118 bilhões. Este montante representa aproximadamente cerca de 2,90% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Aproximadamente 78 milhões de brasileiros devem ser beneficiados.
Aproximadamente 28 milhões de brasileiros, ou seja, cerca de 36,9% do total, são aposentados ou pensionistas da Previdência Social. Os empregados formais (45.983.737 milhões de pessoas) correspondem a 58,8% do total. Entre estes os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada totalizam cerca de 2,4 milhão (2.395.419), equivalendo a 3,1% desse conjunto de beneficiários do abono natalino.
O número de pessoas que receberão o 13º salário em 2011 em todo o Brasil é cerca de 5,40% superior ao observado em 2010. Estima-se que este ano cerca de 4 milhões de pessoas passarão a receber o beneficio, por terem requerido aposentadoria ou pensão ou se incorporado ao mercado de trabalho ou ainda formalizado o vínculo empregatício.
A maior parcela do 13º salário - 51,3% - deve ficar nos Estados da região Sudeste, que concentram também a maior parte dos trabalhadores, aposentados e pensionistas. Na região Sul deverá ficar cerca de 15,4%; já no Nordeste serão destinados cerca de 15,19%; enquanto na região Centro Oeste ficará cerca de 8,6%; e na região Norte, mais uma vez, ficará com a menor parcela, cerca de 4,6%.
O valor médio nacional a ser pago foi estimado em R$ 1.445,31. Entre os beneficiários da Previdência Social e os aposentados e pensionistas do Regime Único da União, o valor médio nacional a ser pago é de R$ 1.157,47. Os empregados do mercado formal receberão, em média, R$ 1.787,45. Cada trabalhador doméstico com carteira assinada terá direito a um valor médio de R$ 702,48.
O maior valor médio para o 13º (considerando todas as categorias de beneficiados) deve ser pago em Brasília, com valor de R$ 3.193,00 e o menor, no Maranhão, com o valor de R$ 974,00.
O valor da primeira parcela do 13º Salário corresponde à metade do salário de outubro para quem foi contratado até 15 de janeiro de 2011. Quem foi contratado após esta data terá o pagamento proporcional aos meses trabalhados (o período de 15 ou mais dias é considerado como mês integral).
Receberão a primeira parcela os trabalhadores que não pediram a primeira parcela do 13º salário junto com as férias. É que segundo a legislação, o trabalhador pode pedir a antecipação do 13º salário quando entra de férias. Quem recebeu o adiantamento só terá direito ao recebimento da segunda parcela, em 20 de dezembro.
Como o 13º salário corresponde ao salário de dezembro, se o trabalhador tiver aumento salarial neste mês - por dissídio coletivo ou mérito - a diferença será paga junto com a segunda parcela. Quando pagar a segunda parcela o empregador descontará a primeira pelo seu valor nominal, ou seja, sem correção, ainda que a antecipação tenha sido durante as férias.
Todos os descontos (contribuição ao INSS, IR, etc.) serão feitos no pagamento da segunda parcela. A contribuição do INSS sobre o 13º salário será recolhida até 20 de dezembro, sob pena de multa.
(DOL, com informações do Dieese)